O corpo do menino João Miguel, de apenas 10 anos, foi encontrado nesta sexta-feira (13), dentro de uma fossa no Setor Lúcio Costa, Distrito Federal, em frente ao viaduto que dá acesso ao Guará I. A criança estava desaparecido desde 30 de agosto.
Seu corpo foi encontrado com as mãos amarradas e um tecido enrolado no pescoço, o que leva as autoridades a acreditarem que ele pode ter sido asfixiado. A delegada Bruna Eiras, da 8ª Delegacia de Polícia (SIA), responsável pela investigação, destacou que ainda não é possível afirmar com certeza as causas da morte, mas os indícios sugerem um possível homicídio por asfixia.
A investigação segue em várias direções, sem descartar qualquer hipótese, inclusive a de crime motivado por vingança ou retaliação contra familiares. “Estamos explorando todas as linhas de investigação, considerando se pode ter sido uma retaliação a algum familiar ou algo direcionado ao próprio menor”, afirmou a delegada.
Segundo Eiras, Miguel foi morto nos últimos três dias, embora estivesse desaparecido há quase duas semanas. “Temos que verificar onde ele esteve durante esse intervalo de tempo”, acrescentou.
Ligações anônimas e pistas suspeitas
Rafaela Santos, tia de João Miguel, relatou que a família passou por dias de agonia sem informações concretas sobre o paradeiro do menino. Segundo ela, antes da localização do corpo, a família recebeu uma ligação anônima com uma dica macabra: “Podem ir até as bocas de bueiro onde vocês moram que o Miguel vai estar lá dentro”. A partir dessa pista, a polícia localizou o corpo do menino na área de mata.
A tia também reconheceu uma corrente encontrada no local como sendo de João Miguel, reforçando a certeza de que o corpo era do garoto. No dia de seu desaparecimento, ele vestia um short azul estampado, camiseta laranja e andava em uma bicicleta azul. Ele também tinha uma cicatriz no lábio superior.
O desaparecimento
João Miguel foi visto pela última vez no final da tarde do dia 30 de agosto, brincando em frente à sua casa. Mais tarde, por volta das 21h, relatos de vizinhos indicam que o menino teria ido a um mercado próximo, onde houve um encontro suspeito. Testemunhas disseram que uma pessoa desconhecida apressava o menino dentro do estabelecimento, chamando-o pelo nome e instigando-o a se apressar.
Outro detalhe intrigante é que João Miguel teria saído de casa com uma nota de R$ 20, mas, no mercado, foi visto com uma nota de R$ 50. A troca do dinheiro levanta suspeitas sobre a pessoa que o acompanhava. “Ele não comprou nada, só trocou o dinheiro. Essa pessoa, que estava atrás da parede, apressava ele para trocar o dinheiro”, relatou Rafaela.
A Polícia Civil do Distrito Federal segue investigando o caso, tentando reconstruir os últimos momentos de vida de João Miguel e identificar os responsáveis pelo crime.
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